quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Lição 06 - A prosperidade dos bem-aventurados

INTRODUÇÃO


I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS 
II. A BEM-AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA
III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO


SERMÃO DO MONTE

As passagens em Mateus 5.1 – 7.29 e Lucas 6.20 – 7.1 receberam esta designação desde o início do século IV d.C., dada por Agostinho em seu comentário (De Sermone domini in monte). O discurso foi feito em alguma colina, provavelmente no planalto elevado da Galileia. Uma tradição do século XIII considera o episódio como ocorrido em um local conhecido como “chifres de Hattin”. A importância do prefácio consiste na expressão “vendo a multidão”. Percy C. Ainsworth observa: “O grande comentário sobre o Sermão do Monte é a vida – a vida como todos nós devemos viver – o pão cotidiano, a simples comunhão, a fadiga trazida pelo próximo, e as lágrimas”.

O Sermão começa com as Beatitudes (Mt 5.3-12) nas quais o Senhor Jesus mostra que conhece bem o significado da vida e como ela deve ser vivida, mostrando que a resposta para a busca universal pela felicidade só pode ser encontrada à medida que os homens se identificarem com o reino de Deus [...].

Neste sermão – que Lord Acton definiu como a verdadeira revelação de uma sociedade moralmente nova – o Senhor Jesus contrasta ideias espirituais que sustentam a conduta moral adequada, com as exigências meramente exteriores da lei. Ele ensina que a ira que traz como fruto o assassinato é errada; que a reconciliação com um irmão é mais essencial do que o desempenho de atos exteriores de adoração; que o cultivo de pensamentos lascivos tornam as pessoas tão culpadas quanto a prática do próprio adultério; que seus seguidores devem ser extremamente comprometidos com a verdade, a ponto de os juramentos tornarem-se desnecessário; que a vingança é maligna; que os inimigos, assim como os amigos e benfeitores, devem receber nosso amor; que destacar os defeitos da vida dos outros, e tentar remodelar a vida destes  de forma intrometida, e tudo isto através de uma atitude de censura, são repreensíveis; que o exercício da piedade como a doação de esmolas, as orações, e o jejum devem ser destituídos de ostentação; que o cristão só pode ter um Senhor.

Muitas passagens notáveis podem ser destacadas neste sermão. Existem as parábolas que falam da luz interior (Mt 6.22,23), e das duas casas (Mt 7.24-27). A oração do Senhor, citada por Mateus, em sua primeira seção trata dos deveres para com Deus, e, na sua segunda, trata dos deveres para com o próximo. O Senhor Jesus preparou este modelo a partir de um contexto judaico, dando um exemplo de como a alma, mesmo com poucas palavras, pode falar com Deus [...].

A “regra áurea” (Mt 7.12) foi assim chamada no século XVIII por Richard Godfrey e Isaac Watts. Willian Dean Howells em seu romance Silas Lapham (1985) usou esta frase que agora nos é familiar. Este princípio de reciprocidade, que de acordo com Wesley é recomendado pela própria consciência humana, tornou-se a base do sistema ético de John Stuart Mill. Este princípio também é refletido na afirmação de Kant de que a pessoa deve agir como se sua regra de conduta estivesse destinada – pela força de sua vontade – a se tornar uma lei universal da natureza. A diferença entre a ordem categórica de Kant e a “regra áurea” de Cristo é que a ordem de Kant não tem conteúdo, enquanto Cristo resume o conteúdo da segunda tábua da lei moral de Deus. O Senhor Jesus Cristo exemplificou a “regra áurea” na parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25ss.). 

Texto extraído do “Dicionário Bíblico Wycliffe”, editado pela CPAD.

Lição 05 - As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja

INTRODUÇÃO


I. ABRAÃO E O ASPECTO PESSOAL DA BÊNÇÃO
II.  ISRAEL E O ASPECTO NACIONAL DA BÊNÇÃO
III. A IGREJA E O ASPECTO UNIVERSAL DA BÊNÇÃO


ALIANÇA DA TERRA DE ISRAEL


Por Thomas Ice


A primeira ampliação da promessa da terra veio após Abrão deixar Harã e chegar à terra de Canaã. Gênesis 12.7 relata que o Senhor apareceu a Abrão em Canaã e disse: “[...] À tua semente darei esta terra”. O contexto mostra que Abrão acreditou que o Senhor se referia à terra de Canaã. A promessa é claramente dirigida aos descendentes de Abrão.
 
Deus volta a ampliar a promessa da terra após Ló, sobrinho de Abrão, separar-se de seu tio. Dessa vez, o Senhor Disse a Abrão: “[...] Levanta, agora, os teus olhos e olha desde o lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre” (Gn 13.14-15). A promessa mais uma vez enfatiza que Deus deu a terra a Abrão e sua descendência. O novo elemento que aqui surge diz respeito ao tempo ― ela é dada para sempre. Muito se discutiu acerca desta expressão. Via de regra, sua duração é determinada pelo contexto. A menos que existam outros indícios, ela diz respeito à duração da história humana e pode incluir a eternidade.
  
Gênesis 15 registra a essência da aliança e descreve os limites da terra com maior precisão: “Naquele mesmo dia, fez o Senhor um concerto com Abrão, dizendo: À tua semente tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates [...]” (Gn 15.18). 

Deus não apenas prometeu fazer de Abraão o pai de uma grande nação, como também a esta garantiu que daria um território. Uma nação não está realmente formada até que tenha seu próprio território. Sem sua terra natal, um povo perde a identidade étnica e nacional. Surpreendentemente, Israel manteve sua identidade nacional mesmo após 1800 anos de afastamento de sua terra natal.
 
Deuteronômio 30.1-10 amplia este aspecto da aliança abraâmica, estabelecendo uma aliança acerca do território de Israel: a Aliança da Terra de Israel (também conhecida como Aliança Palestina). Esta passagem declara que todas as promessas que Deus fez em relação à terra de Israel serão cumpridas “E será que, sobrevindo-te todas estas coisas, a bênção ou a maldição [...]” (Dt 30.1-2). Deus cumprirá esta promessa para com a nação de Israel, juntamente com o retorno do Messias e o reinado no Milênio.

Texto extraído da “Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica”, editada pela CPAD.

Lição 04 - A prosperidade em o Novo Testamento

INTRODUÇÃO


I. PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO
II.  A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER
III. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA


O NOVO TESTAMENTO

Nome dado à segunda parte da Bíblia que compreende 27 documentos escritos por testemunhas oculares de Cristo ou pelos seus contemporâneos. Esse título implica um contraste com o AT, ou com as Sagradas Escrituras que a Igreja herdou do judaísmo. O nome Novo Testamento (gr. he kaine diatheke) pode ser melhor traduzido como “nova aliança” e revela um contrato estabelecido por Deus que o homem pode aceitar ou rejeitar, mas não pode alterar. O termo foi usado, pela primeira vez, pelo Senhor Jesus ao instituir a Ceia, com a finalidade de definir a nova base da comunhão com Deus que Ele pretendia estabelecer através de sua morte (Lc 22.20; 1 Co 11.25). A essência dessa nova aliança reside no cumprimento da antiga aliança por meio de um sacrifício que fosse adequado para remover todos os pecados (Hb 9.11-15), e operasse nas motivações interiores ao invés de ser meremente um regulamento para conduta exteriores (Jr 31.31-34; Hb 10.14-25). A declaração desse novo método, pelo qual Deus trataria agora com o homem, foi registrada nessa coleção de obras, e o nome “Novo Testamento” foi aplicado a elas por metonímia.

Conteúdo

Os livros do NT podem ser divididos em quatro seções gerais: a primeira, contém livros históricos, que incluem os quatro Evangelhos e Atos; a segunda, contém as 13 epístolas de Paulo; e a terceira, refere-se às epístolas em geral, duas de pedro, uma de Tiago, uma de Judas  e quadro que não estão ligadas a nenhum nome específico. Geralmente três dessas epístolas são atribuídas a João, porque revelam uma significativa semelhança com o quarto evangelho em vocabulário e estilo, e a autoria do livro dos Hebreus tem sido discutida desde os primeiros séculos. A quarta e última seção refere-se ao livro de Apocalipse, que é profético e apocalíptico e descreve, através de termos simbólicos, a realização do propósito divino no mundo. Todos estes livros podem ser datados dentro do primeiro século da era cristã, embora a ordem exata em que foram escritos ainda seja tema de muitos debates. 

Os Evangelhos fornecem as principais fontes para o conhecimento da vida de Cristo, embora nenhum deles contenha uma biografia completa. Mateus enfatiza o caráter real e profético da obra de Jesus; Marcos apresenta seus atos de autoridade moral e espiritual; Lucas trata o aspecto humano de seu ministério; e João apresenta sua divindade e o significado de crer nele. O livro de Atos registra o movimento da pregação missionária desde Jerusalém até Roma, em meados do primeiro século, e está centralizado na vida Paulo. As epístolas são as cartas inspiradas que trazem em si mesmas a autoridade do Senhor. São correspondências de Paulo e de outros autores às igrejas ou a indivíduos que precisavam de ensinos e conselhos. O Apocalipse é uma representação pictórico-dramática do estado das sete igrejas típicas da Ásia, e das coisas que em breve deveriam acontecer. Escrita por volta do ano 95 d.C., no reinado de Domiciano, ele reflete o conflito entre Igreja e o Império Romano, e pressagia a luta final que precederá a volta de Cristo. 

Várias epístolas de Paulo, como Gálatas, Tessalonicenses e Coríntios, precedem a elaboração dos Evangelhos, e refletem o conhecimento e a história da Igreja relacionada a Cristo, antes que essas informações fossem registradas de forma permanente. Todo o NT desenvolveu-se por causa da necessidade de instrução.   

Texto extraído do “Dicionário Bíblico Wycliffe”, editado pela CPAD.

Lição 03 - Os frutos da obediência na vida de Israel

INTRODUÇÃO

I. OBEDIÊNCIA, UM FIRME FUNDAMENTO.
II.  DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
III. A OBEDIÊNCIA E SUAS LIÇÕES

MALDIÇÃO

As várias palavras hebraicas e gregas para maldição denotam a expressão de um desejo ou oração para que o mal sobrevenha a alguém. Esta ideia encontrou uma grande variedade de usos na vida de Israel, e era universalmente conhecida entre os seus vizinhos.

[...] Na mente hebreia, a maldição falada era considerada como o agente ativo do prejuízo, vestida com o poder da alma que a levava adiante. Mas apenas o indivíduo que era um servo fiel de Jeová tinha uma verdadeira fonte de poder: daí por diante era o próprio Senhor, o Deus vivo, que tinha e tem a última palavra quanto ao poder da maldição ou da palavra proferida por alguém. Portanto, uma maldição (ou bênção) uma vez expressa de uma forma sensata não poderia ser revogada ou anulada (Gn 27.27-40; cf. 1 Sm 14.24-30, 43-45).

A lei mosaica proibia que uma pessoa amaldiçoasse o próprio pai ou a própria mãe (Êx 21.17) sob pena de morte, ao príncipe do povo (Êx 22.28), e àquele que fosse surdo (Lv 19.14). Blasfemar ou amaldiçoar a Deus era uma ofensa capital (Lv 24.10-16). Mas as maldições pronunciadas contra indivíduos por homens de Deus (por exemplo, Gn 9.25; 49.7; Dt 27.14-26; 2 Sm 3.29; 39; Js 9.23) não eram expressões de paixão, impaciência, ou vingança; elas eram previsões proféticas ou estatutos do decreto divino e, portanto, não eram condenadas por Deus.

Os Salmos que trazem súplicas ou os que amaldiçoam alguém são aqueles em que o salmista lança uma maldição sobre os inimigos de Israel (Sl 83.9-17) ou sobre os seus oponentes ou opressores pessoais (Sl 69.21-28). Para entender estas orações, que são tão estranhas ao Novo Testamento, é necessário nos lembrarmos de que a revelação do Antigo Testamento era a preparação para a revelação que viria no Novo Testamento e, portanto, estava incompleta. Além disso, a maldição no antigo Oriente Próximo, incluindo Israel, era considerada um meio legítimo de defesa. A linguagem do Oriente era também mais comovente, e, para o israelita, mais concreta do que a nossa.
  
 
No Novo Testamento, amaldiçoar os inimigos ou perseguidores é uma atitude proibida pelo exemplo e pela palavra de Jesus (Lc 23.34; Mt 5.44). Paulo, entretanto, amaldiçoou aqueles que não amassem a Cristo (1 Co 16.22) ou que pregassem um Evangelho diferente daquele que ele pregava (Gl 1.8ss.). O próprio apóstolo desejaria se tornar uma maldição se precisa fosse, para que o seu povo aceitasse a Cristo prontamente (Rm 9.3). A “maldição da lei” era a sentença de condenação pronunciada contra o transgressor (Gl 3.10), e da qual Cristo nos redimiu quando se fez maldição por nós (Gl 3.13).

Texto extraído do
 “Dicionário Bíblico Wycliffe”, editado pela CPAD.

Lição 02 - A prosperidade no Antigo Testamento

A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

•    RIQUEZA E POBREZA; DOENÇA E CURA NA ANTIGA ALIANÇA
•    A PROSPERIDADE COMO RESULTADO DO TRABALHO E DO FAVOR DE DEUS
•    PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA A PROSPERIDADE

A FUNÇÃO DO SENHOR

Por Eugene H. Merril

O [...] modo da auto-revelação de Deus em Deuteronômio é a sua atividade histórica e supra-histórica. Levando em conta a estrutura e teor do concerto exposto em Deuteronômio, a função dominante (e talvez abrangente) do Senhor é a de Senhor soberano do universo, que escolhe fazer concerto com Israel a fim de executar o seu plano para o mundo. Dada esta suposição, uma suposição que uma abordagem teológica analítica sustenta, é metodologicamente apropriado virmos que a atividade e relações divinas específicas em Deuteronômio constituem-se de elementos do exercício da suserania [soberania] de Deus.

A revelação do Senhor conforme vemos na maneira de sua expressão na discussão prévia e em termos dos nomes e epítetos, pessoa e atributos divinos, tem de, necessariamente, encontrar eco e até coincidir com a revelação esclarecida pelo seu papel como soberano. Mas a abordagem que apresentaremos a seguir ressaltará o tema do concerto em Deuteronômio e, de fato, no Pentateuco, contribuindo esperançosamente para compreendermos a revelação que Deus faz de si mesmo no próprio contexto hermenêutico da relação do concerto.

Criador. Claro que a obra como Criador é fundamental aos atos de Deus na história. Embora em outros lugares este seja um tema bíblico importante, só Deuteronômio 4.32 trata-o claramente em todo o corpo do texto do concerto sob revisão aqui. Mesmo aqui é quase incidental, pois o ponto a que se quer chegar é que desde a criação não havia precedente histórico a Deus ter falado e resgatado um povo como Ele fez com Israel. Logicamente a ênfase não está no concerto universal com todo o gênero humano por meio do qual Deus o designou para assumir o domínio sobre todas as coisas criadas. A ênfase em Deuteronômio está no concerto com Israel pelo qual esta nação, chamada de entre as nações existentes, dê testemunho do Deus Criador, cuja obra como Criador é pressuposta. A chamada para Israel não é para encher a terra criada, mas para ocupar uma terra. O papel do Senhor aqui não é de Criador, mas de Redentor e Iniciador do concerto.

Redentor. Muitas passagens deixam clara a função de Deus como Redentor (Dt 5.6,5; 6.12,21,23; 7.8; 8.14; 9.26,29; 13.5,10; 15.15; 16.1; 24.18; 26.8). Foi só com base em seu amor que Ele derrotou a escravatura egípcia, livrou, contra todas as possibilidades inimagináveis, o filho Israel e levou o povo ao ponto em que eles poderiam considerar o convite do concerto com todas as suas promessas e expectativas. Estes foram atos poderosos que ocorreram na história, atos tão monumentais e humanamente inexplicáveis que o mundo tem de ver neles que o Deus de Israel realmente era inigualável. A obra de redenção era uma ordem de eventos que testemunhavam da soberania do Senhor sobre toda a criação [grifo nosso] e dos propósitos graciosos em chamar um povo que seria um canal para a obra contínua dEle de redenção em escala universal.
  
 
O objetivo imediato do ato redentor era colocar o povo redimido em comunhão de concerto com o Senhor. O Senhor é o Deus do concerto, que iniciou esta relação especial e que a fez acontecer em um evento histórico e concreto. E não foi uma ideia que surgiu posteriormente, uma mera sequência lógica ao êxodo, pois o Senhor prometera aos pais de Israel que Ele chamaria e separaria a semente deles, os salvaria com poder grandioso e os levaria para si como propriedade especial. De fato, Deuteronômio em todos lugares declara o concerto sinaítico e deuteronômico e seus benefícios exatamente nas promessas aos patriarcas (1.8,11,21,35; 6.3,10,19; 7.8,12; 8.18; 9.5,27; 11.9; 19.8; 26.3; 29.13; 30.20; 34.4).  
 

Texto extraído da obra: “Teologia do Antigo Testamento”, editada pela CPAD.

Lição 01 - O surgimento da teologia da prosperidade


  • INTRODUÇÃO

    I. RAÍZES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
    II.  PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DA “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE”
    III. CONSEQUÊNCIAS DA “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE”



    Nos últimos anos, multidões que professam o nome de Cristo assumiram uma postura altamente distorcida em relação ao que significa, realmente, ser cristão. Talvez o mais alarmante é que milhões têm sido impedidos de levar a sério as reivindicações de Cristo porque percebem o cristianismo como algo negativo, e os líderes cristãos como artistas do contra. 

    Sob o pendão de “Jesus é o Senhor”, multidões estão sendo ludibriadas por um evangelho de ganância e abraçando doutrinas cuja origem é inegavelmente mística. Mas apesar de estarem convencidas de que o que ouvem é a coisa real, na verdade estão abraçando uma barata contrafação. Verdades eternas, tiradas da Palavra de Deus, estão sendo pervertidas numa mitologia perversa – e enquanto isso o cristianismo está despencando, a uma velocidade de quebrar o pescoço, numa crise de proporções nunca vistas.
     
    Esta é uma acusação tremenda, eu sei – e compreendo que pode ser difícil de engolir. Portanto, para provar que não sou um alarmista, permita-me dar-lhe algumas provas daquilo que você vai ler [...]. As citações abaixo podem mostrar-se tão ultrajantes que pareçam fabricações; mas cada uma delas – juntamente com cada outro exemplo que há neste livro – foi cuidadosamente autenticada. Estas citações têm caído diretamente dos lábios ou das penas dum punhado de homens e mulheres que se consideram profetas modernos. E são esses autoproclamados apóstolos que estão levando a Igreja a um reino de seitas. Mas não aceite apenas a minha palavra quanto a isso:

     “Satanás venceu Jesus na cruz”.
               - Kenneth Copeland

    “Você não está olhando para Morris Cerullo - Você está olhando para Deus, está olhando para Jesus”.
                                            - Morris Cerullo 

    “Nunca, jamais, em tempo algum, vá ao Senhor e diga: ‘Se for da tua vontade...’ Não permita que essas palavras destruidoras da fé saiam de sua boca”.
                                                  - Benny Hinn

    “Deus precisa receber permissão para trabalhar neste reino terrestre em favor do homem... Sim! Você está no controle das coisas! Assim, se o homem detém o controle, quem deixou de exercê-lo? Deus”. 
                                         - Frederick K. C. Price

    “O homem foi criado em termos de igualdade com Deus, e podia permanecer na presença dele sem qualquer consciência de inferioridade”.
                                                - Kenneth E. Hagin


    Conforme você verá, isso é apenas a ponta do iceberg. Se sistemas sectários ou ocultos, como o movimento da Nova Era, representam a maior ameaça ao corpo de Cristo pelo lado de fora, o câncer mortal, representado por essas citações, constitui uma das piores ameaças ao cristianismo pelo lado de dentro. O verdadeiro Cristo e a verdadeira fé bíblica estão sendo rapidamente substituídos por alternativas doentias, oferecidas por um grupo de mestres que pertencem ao denominado “Movimento da Fé”. 

    Este câncer vem sendo alimentado por uma constante dieta que poderia ser chamada de “cristianismo das refeições rápidas” – belas na aparência, mas fracas em substância. Os provedores dessa dieta cancerígena têm utilizado o poder das ondas de rádio e televisão, bem como uma pletora de livros e fitas criteriosa e agradavelmente embalados, a fim de atrair suas presas para o jantar. E os desavisados têm sido chamados a amar não o Mestre, mas aquele que está na mesa do Mestre.

    [...] Talvez a carga de responsabilidade que sinto ao escrever este livro seja melhor expressa por meio das advertências de Pedro, Paulo e do Mestre por excelência, Jesus Cristo. Tire um momento para ouvir as palavras deles, que reverberam através dos séculos.

    • O apostolo Pedro disse:
    “Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles será infamado o caminho da verdade; movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias...” (2 Pe 2.1-3 – ARA).  

    • A essa advertência, acrescentou Paulo:
    “E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós” (At 20.30,31). 

    • Ouça agora as palavras do próprio Cristo:
    “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). 

    Não constitui motivo de grande alegria soar o alarme, mas se faz necessário. Lamento o dano espiritual já sofrido por tantos e é minha esperança que este livro [e que estas Lições Bíblicas] venha a salvar pelo menos algumas ovelhas de Cristo dum terrível destino.
     
    Que Deus se digne em usar esse livro [e essas Lições Bíblicas] não somente para desmascarar os falsos mestres que estão transformando a verdade em mitologia, mas também para propor soluções a um cristianismo em crise. 

    Texto extraído da obra:
     Cristianismo em Crise: Um câncer está devorando a Igreja de Cristo. Ele tem de ser extirpado!, editada pela CPAD.
     

Sede de DEUS



SALMOS 42

1 Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!
2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus?
3 As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus?
4 Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, uma multidão que festejava.
5 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença.
6 Ó Deus meu, dentro de mim a minha alma está abatida; porquanto me lembrarei de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, desde o monte Mizar.
7 Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.
8 Contudo, de dia o Senhor ordena a sua bondade, e de noite a sua canção está comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
9 A Deus, a minha rocha, digo: Por que te esqueceste de mim? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo?
10 Como com ferida mortal nos meus ossos me afrontam os meus adversários, dizendo-me continuamente: Onde está o teu Deus?
11 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus.

Deveras, confesso:

SENHOR, sem ti não dá para viver, JESUS CRISTO.

Tu és como o leme do barco em meio a tempestade, és a bússola que me faz navegar neste oceano de ilusão (que são as coisas desta vida), tu és SENHOR a minha visão para subir as montanhas da vida.
Sem ti nada posso fazer SENHOR JESUS CRISTO.
By: Miéle Luís Ramos da Hora.